Incontinência Urinária Masculina

A frequente vontade de urinar, as gotas de urina que ficam na cueca depois ir ao banheiro e a perda de urina em momentos de esforço, como rir, tossir e espirrar, são sintomas comuns da incontinência urinária. Essa condição pode ser temporária ou permanente, afetando o bem-estar físico, emocional, psicológico e social do paciente.

Para o sexo masculino o incômodo pode levar ao desenvolvimento da depressão, aponta um estudo realizado na Universidade de Adelaide, na Austrália, que revela que até 42% dos homens com incontinência urinária acabam desenvolvendo depressão.

O médico urologista do Hospital Agenor Paiva, Dr. João Tiago Pinto, explica que a baixa auto-estima é um aspecto comum e importante a ser observado e tratado. “Diante dessa condição, o paciente limita seu convívio social, passa a evitar atividades simples do seu dia a dia, sente-se envergonhado, frustrado e até mesmo revoltado com esta manifestação”, aponta.

De acordo com o especialista, cabe ao profissional orientar o tratamento adequado para cada caso, verificar com os familiares se houve mudanças no aspecto comportamental do paciente, sugerir acompanhamento psicológico e, até mesmo, tratamento medicamentoso para uma possível depressão, caso este diagnóstico venha a ser confirmado.

Sintomas da incontinência urinária podem ser amenizados, permitindo o restabelecimento da vida social e emocional

A incontinência urinária masculina pode ser desencadeada pelo envelhecimento natural da bexiga, cirurgias prostáticas e até mesmo aumento da próstata. Outros problemas de saúde passageiros e duradouros como obesidade, diabetes, insuficiência cardíaca, distúrbios cognitivos, doença pulmonar obstrutiva crônica, distúrbios do sono, Parkinson, AVC e outros distúrbios neurológicos, também estão relacionados ao desenvolvimento da condição.

O estilo de vida também pode influenciar no surgimento do problema. Hábitos como tabagismo e alimentação inadequada são fatores ligados à incontinência, favorecendo o surgimento dos sintomas em qualquer idade, embora a doença seja mais comum após os 45 anos.  

A principal medida preventiva é adotar um estilo de vida saudável. Para isso, o paciente deve abandonar e evitar hábitos que comprometam a saúde, como o tabagismo e alcoolismo, além de se alimentar bem, iniciar uma atividade física orientada por um profissional de educação física e manter o peso corporal ideal, pois a obesidade é um fator de risco. Visitar regularmente seu médico urologista é fundamental para o diagnóstico precoce dessa e de outras patologias.