ATENÇÃO À SAÚDE DO HOMEM FOI O TEMA DO FÓRUM REALIZADO POR MÉDICOS DO HOSPITAL AGENOR PAIVA

A cidade de Salvador sediou o V Fórum Norte-Nordeste de Saúde do Homem realizado no dia 20 de março, no Hotel Deville, com a participação de profissionais de saúde, estudantes e público em geral.


A cidade de Salvador sediou o V Fórum Norte-Nordeste de Saúde do Homem realizado no dia 20 de março, no Hotel Deville, com a participação de profissionais de saúde, estudantes e público em geral.

O evento foi organizado pelos médicos do Hospital Agenor Paiva, os urologistas Wagner Porto e Helder Porto, além de contar com a participação da coordenadora do serviço de cardiologia do hospital, Daniela Gorjão.

Durante o evento, foram discutidos os principais assuntos relacionados à saúde do homem como disfunção erétil, câncer de próstata, incontinência urinária, infertilidade, prostatite, saúde mental e qualidade de vida, entre outros temas que foram abordados por uma equipe de especialistas.

Alerta com a saúde

Segundo dados do Ministério da Saúde, o homem vive cerca de sete anos menos que as mulheres, pela falta de cuidado com sua saúde. Uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), apontou que metade dos homens brasileiros nunca foi ao urologista. Medo e falta de tempo foram motivos apresentados pelos entrevistados na pesquisa.

O urologista Wagner Porto destacou a necessidade dos homens incluírem exames de rotina nos cuidados da saúde, “A cada hora, sete homens recebem o diagnóstico de câncer de próstata no Brasil. O tumor é o segundo mais incidente no sexo masculino e ainda mata cerca de 20% dos pacientes. No entanto, em estágio inicial, as chances de cura dos casos é de até 90%, e a única forma de garantir a cura do câncer de próstata é o diagnóstico precoce”, disse o especialista.

Diagnóstico precoce

Mesmo com ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos, com fatores de riscos – obesidade; histórico familiar de câncer de próstata (pai, irmão, tio); e afrodescendentes – devem procurar um médico urologista.

A partir dos 50 anos, a visita ao urologista deve ser feita mesmo sem sintomas.

Doenças silenciosas

Durante o evento, o urologista Helder Porto explicou que a litíase urinária ocorre 3 vezes mais em homens do que em mulheres, principalmente nas faixas dos 40 anos, e alertou para a grande incidência do diagnóstico em regiões de altas temperaturas “Com o calor da nossa região, há muita transpiração e falta de hidratação adequada, o que resulta na urina mais concentrada, aumentando a aglomeração das partículas, assim, propiciando grande incidência de cálculo renal”.

O médico também ressaltou sobre a falta de sintomas, já que em geral o paciente pode conviver anos com a pedra no interior do rim sem sentir qualquer tipo de dor. “No entanto, se este cálculo impactar na saída do rim ou migrar para o ureter, levará ao quadro de dor aguda, causada pela obstrução e dilatação do sistema urinário. Por isso, é tão importante que o homem se consulte regularmente com o seu médico urologista, faça os exames e se cuide”, alertou o Dr Helder.

Cuidados com o coração

Por questão predominantemente cultural, os homens, mais do que as mulheres, têm estilos de vida pouco saudáveis que predispõem a doenças crônicas. No Brasil, houve aumento significativo da prevalência de obesidade, sedentarismo, hipertensão arterial e diabetes com o aumento da idade.

O alerta da importância dos cuidados regulares com a saúde foi feito no evento pela cardiologista Daniela Gorjão “Se o indivíduo já é hipertenso, diabético ou possui alguma doença cardíaca, ele deve ir, pelo menos, 3 vezes por ano ao seu cardiologista e tomar os remédios prescritos regularmente. O tratamento dessas doenças é contínuo e não pode parar”, explicou a médica.

A médica ainda relembrou os cuidados fundamentais de prevenção “Alguns problemas são evitáveis, por isso precisamos reforçar que o caminho para viver melhor é baseado na mudança diária dos nossos hábitos como reduzir o consumo de sódio, gordura animal e seus derivados, evitar ou moderar bebida alcóolica, não fumar, diminuir o estresse emocional, evitar o sedentarismo e praticar atividade física com acompanhamento profissional”, enfatizou Dra Daniela.