VEM VERÃO: CUIDADOS COM A SAÚDE

As altas temperaturas do verão são apreciadas por muitas pessoas, entretanto é importante ficar atento aos cuidados especiais que a estação exige para aproveitar com saúde os dias mais quentes.


As altas temperaturas do verão são apreciadas por muitas pessoas, entretanto é importante ficar atento aos cuidados especiais que a estação exige para aproveitar com saúde os dias mais quentes. O aumento de calor, umidade do ar e exposição ao sol são alguns dos fatores que contribuem para o maior surgimento de problemas de saúde típicos do verão. Sem o devido cuidado, adultos e crianças tornam-se vítimas de doenças que poderiam ser evitadas com medidas simples.

 

Problemas de verão

Listamos os problemas mais comuns e dicas importantes para que você possa aproveitar a época com bastante saúde e tranquilidade.

Assaduras

As dermatites, também conhecidas como assaduras, ocorrem com maior frequência no verão devido ao aumento do calor que estimula as irritações na pele e causam desconforto nas dobras do corpo. O contato intenso da pele com substâncias como urina e suor ocasionam a proliferação de fungos e bactérias. O problema acomete adultos, jovens e crianças – especialmente os bebês que usam fraldas, cuja pele é mais sensível – e os locais mais afetados são coxas, virilha e axilas. Os principais sintomas são coceira, aspecto avermelhado na região e, dor quando a pele está muito ferida. Se não forem devidamente tratadas, as assaduras podem provocar micoses e sérias lesões na pele.

 

Para prevenir o problema é importante manter a pele sempre limpa e seca, hidratando as regiões mais suscetíveis com cremes à base de petrolato, óxido de zinco e lanolina. Caso as assaduras persistam e se tornem mais graves, procure um médico para avaliar a situação e iniciar o tratamento mais adequado.

 

Desidratação

No verão a perda de água do corpo é maior, incluindo eletrólitos vitais como sódio, cloreto e potássio. A água é parte fundamental do peso corporal e sua presença é responsável pela regulação da temperatura do corpo, manutenção da elasticidade e saúde da pele, articulações, digestão, remoção de resíduos e até atividades cerebrais. Por isso é fundamental ficar atento à ingestão de líquidos, evitando a desidratação – que pode acarretar em sérios problemas como convulsões, perda de volume sanguíneo, problemas de pressão arterial e insuficiência renal, entre outros. Os sintomas mais comuns da desidratação são boca seca e pegajosa, letargia, sonolência, sede intensa, redução no volume de urina, pele seca, dor de cabeça e prisão de ventre. A prevenção deste problema é simples: mantenha-se hidratado. O corpo humano adulto perde, em média, 2,5 litros de água por dia. Consumir alimentos ricos em água e beber, pelo menos, 2 litros de água diariamente são medidas simples que ajudam a combater a desidratação. O Instituto de Medicina Americano recomenda 13 copos de líquidos por dia para homens e 9 para mulheres, mas a melhor forma de prevenir é um esforço consciente de se manter hidratado e, ao identificar os sintomas de desidratação, recorrer o mais rápido possível à água.

 

Insolação:

O excesso de exposição ao sol é um problema típico do verão.  As pessoas vão mais à praias e piscinas e, muitas vezes, ultrapassam os limites seguros para ficar exposto. O quadro de insolação ocorre quando a temperatura do corpo ultrapassa os 40º C, devido ao calor intenso e isso prejudica o sistema de transpiração, não deixando o corpo resfriar. Este rápido aumento de temperatura faz com que a pessoa perca muita água, sais e nutrientes importantes para o bom funcionamento do organismo. Os primeiros sinais da insolação são: dores de cabeça, náusea, tontura, pele quente e seca, temperatura elevada, confusão mental e visual. Em casos mais graves chega a provocar convulsões, desmaios, fraqueza muscular,  extremidades roxas e até risco de morte.

Ao notar os primeiros sintomas, é importante adotar medidas que ajudem a baixar a temperatura corporal, tais como remover a pessoa para m lugar ventilado, remover o máximo possível de roupa, oferecer água fria ou gelada ou aplicar compressas de água na testa, pescoço e virilha. Evitar a exposição solar por longos períodos, usar roupas leves e ingerir bastante líquido são medidas simples que ajudam a prevenir a insolação.

 

Intoxicação alimentar

A temperatura alta reduz o tempo de conservação dos alimentos e aumenta a proliferação de microrganismos nocivos, como as bactérias, que contaminam as comidas. Além disso, problemas com a higiene na preparação de alimentos em ambientes de praia contribuem para o aumento na ocorrência da intoxicação alimentar. Diarréia, vômitos, dor abdominal, febre e desidratação são os sinais mais claros do problema, cujo diagnóstico clínico é feito por meio do exame de fezes. Repousar, manter-se hidratado e fazer uma dieta com alimentos leves é o mais comum para tratar a intoxicação alimentar, mas caso o problema persista, o médico deve ser procurado. Para prevenir o problema, evite consumir alimentos de origem duvidosa e sempre que possível conheça a higiene do local em que a comida é preparada.

 

Conjuntivite

Irritação nos olhos, vermelhidão, ardência, lacrimejamento e secreção são os sinais mais comuns da conjuntivite – infecção contagiosa da membrana que reveste parte de nossas pálpebras e globo ocular. A doença torna-se ainda mais comum no verão por conta da maior exposição ao ar livre, em piscinas, praias e rios – o que facilita a contaminação dos olhos. O maior acúmulo de pessoas num mesmo local durante o verão também ajuda a proliferar a infecção, que costuma durar entre 1 ou 2 semanas.

 

PO tratamento da conjuntivite deve ser orientado por um médico oftalmologista, que confirmará o diagnóstico e indicará o melhor tratamento, seja com colírios, antibióticos ou anti-inflamatórios. Vale ressaltar que o uso equivocado de medicamentos pode causar até mesmo glaucoma e catarata. Para evitar o problema, reforce os cuidados com higiene pessoal: lave sempre as mãos, evite coçar os olhos e não compartilhe toalhas, travesseiros, maquiagem e óculos escuros com outras pessoas.

 

Otite

Para aliviar o calor do verão, nada melhor que um banho de mar, piscina ou cachoeira. E é justamente por isso que no verão aumentam os casos de otite – processo inflamatório e infeccioso causado em decorrência do tempo que as pessoas passam dentro da água. Além da dor de ouvido, a otite pode provocar secreção amarelada ou esbranquiçada, febre, acúmulo de líquido, irritação e vermelhidão no local. Normalmente trata-se com remédios tópicos para dor, contudo em casos mais graves o médico pode prescrever antibióticos. Recomenda-se ainda evitar passar as mãos na região para não levar ainda mais bactérias. A melhor forma de prevenir a otite é manter o ouvido seco após mergulhos, evitar ficar embaixo d’água e, se possível, utilizar protetores auriculares.