DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS NO BRASIL TIVERAM UM AUMENTO ANUAL DE 15% AO LONGO 9 ANOS

Com mais de 5 milhões de pessoas afetadas em todo o mundo, as doenças inflamatórias intestinais (DIIs) são caracterizadas pela inflamação do trato gastrointestinal, podendo afetar desde a boca até o ânus.

O estudo brasileiro “Tendências temporais na epidemiologia das doenças inflamatórias intestinais no sistema público de saúde no Brasil: um grande estudo de base populacional”, publicado na revista The Lancet Regional Health Americas em 2022, revelou que ao longo de nove anos a prevalência das DIIs aumentou em média 15% ao ano, atingindo 100 casos para cada 100 mil habitantes.

Foram analisadas as taxas de incidência e prevalência das DIIs no país de 2012 a 2020, utilizando dados do DataSUS, com informações de mais de 212 mil pacientes do SUS, incluindo 119.700 com retocolite ulcerativa, 71.321 com doença de Crohn e 21.005 casos classificados como indeterminados, nos quais os pacientes apresentavam sintomas de ambas as doenças.

🔴As DIIs mais comuns, como a doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, ainda não têm suas causas completamente compreendidas e não possuem cura definitiva até o momento.

🔴Adolescentes e jovens adultos são os mais afetados por essas condições.

🔴Entre 2012 e 2022, o número de pacientes do sexo feminino com colite ulcerativa e doença de Crohn superou o percentual masculino, representando 51,3% das internações.

🔴Os principais fatores de risco incluem tabagismo, predisposição genética, hábitos alimentares e o ambiente em que a pessoa vive.

Sintomas
Os sintomas mais comuns incluem diarreia crônica com presença de sangue, muco ou pus, cólicas abdominais, urgência evacuatória, perda de apetite, fadiga e perda de peso. Em casos mais graves, podem ocorrer anemia, febre, desnutrição e distensão abdominal. Entre 15% e 30% dos pacientes podem também apresentar manifestações extraintestinais, como dor nas articulações, lesões cutâneas ou oculares.

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